
Tudo começou num belo dia de domingo, mas não era um domingo qualquer era Carnaval de 1998। E como que por obra do acaso nos encontramos... Brincamos, namoramos fomos desvendando um ao outro, revelando nossas facetas, nosso jeito de ser...Nossa cumplicidade...Nosso amor às vezes revolto como o mar às vezes calmo como a brisa. E essa história foi crescendo e crescendo e passaram dez anos isso mesmo! Uma década. Foi um período cheio de acontecimentos: você ingressou na faculdade de Física, eu de Pedagogia, concluímos essa etapa, quase enlouquecemos e crescemos com os conhecimentos adquiridos. No meio de um turbilhão de coisas aconteceu a maior e melhor transformação de nossas vidas: nos tornamos pais de um lindo menininho que faz o nosso dia ter mais brilho...Ele é a contemplação da nossa felicidade. Por tudo isso eu não canso de dizer: Te amo! HOJE O DIA É NOSSO.
Quem um dia irá dizer que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer Que não existe razão?
Eduardo abriu os olhos mas não quis se levantar
Ficou deitado e viu que horas eram
Enquanto Mônica tomava um conhaque
Noutro canto da cidade como eles disseram
Eduardo e Mônica um dia se encontraram sem querer
E conversaram muito mesmo pra tentar se conhecer
Um carinha do cursinho do Eduardo que disse
Tem uma festa legal e a gente quer se divertir
Festa estranha, com gente esquisita Eu não tou legal, não agüento mais birita
E a Mônica riu e quis saber um pouco mais
Sobre o boyzinho que tentava impressionar
E o Eduardo, meio tonto, só pensava em ir pra casa
É quase duas, eu vou me ferrar
Eduardo e Mônica trocaram telefone
Depois telefonaram e decidiram se encontrar
O Eduardo sugeriu uma lanchonete
Mas a Mônica queria ver o filme do Godard Se encontraram então no parque da cidade
A Mônica de moto e o Eduardo de camelo
O Eduardo achou estranho e melhor não comentar
Mas a menina tinha tinta no cabelo Eduardo e Mônica eram nada parecidos
Ela era de Leão e ele tinha dezesseis
Ela fazia Medicina e falava alemão
E ele ainda nas aulinhas de inglês
Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus De Van Gogh e dos Mutantes Do Caetano e de Rimbaud E o Eduardo gostava de novela E jogava futeboldebotão com seu avô Elafalava coisas sobre o Planalto Central Também magia e meditação
E o Eduardo ainda estava
No esquema "escola, cinema, clube, televisão"
E, mesmo com tudo diferente
Veio neles, de repente
Uma vontade de se ver
E os dois se encontravam todo dia
E a vontade crescia como tinha de ser
Eduardo e Mônica fizeram natação, fotografia, teatro, artesanato e foram viajar
A Mônica explicava pro Eduardo Coisas sobre o céu, a terra, a água e o ar
Ele aprendeu a beber, deixou o cabelo crescer
E decidiu trabalhar
E ela se formou no mesmo mês
Que ele passou no vestibular
E os dois comemoraram juntos
E também brigaram juntos, muitas vezes depois
E todo mundo diz que ele completa ela e vice-versa
Que nem feijão com arroz
Construíram uma casa uns dois anos atrás
Mais ou menos quando os gêmeos vieram
Batalharam grana e seguraram legal
A barra mais pesada que tiveram
Eduardo e Mônicaa voltaram pra Brasília
E a nossa amizade dá saudade no verão
Só que nessas férias não vão viajar
Porque o filhinho do Eduardo
Tá de recuperação
E quem um dia irá dizer que existe razão Nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer Que não existe razão? Letra da música: Eduardo e Mônica (Legião Urbana)
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